Carreiras? Onde?

 

Toda semana, recebo alguma mensagem ou convite para bater papo com pessoas que construíram uma carreira considerada sólida, já estão em uma cadeira executiva (Diretor, Vice-Presidente ou CEO), têm, normalmente, entre 45 e 50 anos e querem trilhar outros caminhos no mundo do trabalho. Conhece alguém assim?

Indivíduos que estudaram bastante, trabalharam muito e dedicaram muitas horas além da conta para resolver problemas, liderar pessoas, gerir rotinas e projetos em busca das velhas e boas metas. Só que demonstram uma certa ansiedade, algum tipo de culpa em relação ao tempo dedicado a outras áreas da vida, pouco engajamento e desânimo com o dia a dia.

Não é uma tarefa simples mudar a direção de uma carreira, pois envolve questões racionais, uma confusão de emoções, negociações com pessoas próximas e uma dose de coragem. Resolvi listar hipóteses comuns e caminhos possíveis que surgem nesse tipo de conversa:

1. Consultoria Independente ou Boutique de Consultoria: Com sua visão estratégica, atuar como consultor independente ou fundar uma boutique de consultoria pode permitir aplicar seu conhecimento com flexibilidade. Você pode se especializar em áreas como transformação digital, liderança, cultura organizacional ou inovação — especialmente em empresas de médio e grande porte. Ah, claro, você pode definir parceiros estratégicos, outras consultorias, como a Movidaria Aprendizagem Corporativa.

2. Empreendedorismo: Se deseja um desafio mais direto, abrir um negócio próprio pode ser um caminho. Isso inclui desde startups, se tiver interesse em inovação e tecnologia, até empresas mais tradicionais ou mesmo franquias. Sua expertise é um diferencial competitivo em mercados onde a gestão eficiente, metas de curto prazo e a visão de longo prazo são fundamentais.

3. Mentoria e Coaching Executivo: Muitos profissionais e empresas buscam orientação de quem já passou por várias etapas da carreira executiva. Atuando como mentor ou coach, você pode ajudar outros executivos a navegarem suas próprias jornadas e a enfrentarem desafios corporativos complexos.

4. Venture Capital ou Investimento Anjo: Investir em startups, seja como investidor anjo ou em um fundo de venture capital, pode ser empolgante. Com sua bagagem executiva, você não só investe, mas também orienta os fundadores em áreas críticas para o crescimento do negócio.

5. Docência: Compartilhar sua trajetória e conhecimento em cursos de MBA, escolas de negócios ou por meio de outras instituições de educação pode trazer novas perspectivas e ainda solidificar seu nome como referência no setor.

6. Conselhos de Administração: Se deseja se manter próximo da alta gestão, mas com mais autonomia, atuar como conselheiro em empresas ou organizações pode ser um bom meio-termo. O papel exige experiência estratégica, e você contribuiria com uma visão independente e estratégica para tomadas de decisão. Uma formação que eu fiz e indico é a do IBGC – Instituto Brasileiro de Governança Corporativa.

7. Global Worker: aqui eu nem me meto para explicar e sugerir um método. Prefiro indicar o meu amigo Gustavo Sèngès.

Quais outros caminhos você recomenda aos que desejam mudar suas carreiras diante desse cenário? Como aproveitar o mundo em que vivemos diante da realidade de múltiplas carreiras?

 

Alcir Miguel

Sócio e executivo de negócios na Movidaria.

Share with

Leave a Reply

Start typing and press Enter to search