Você já viu uma estratégia brilhante no papel… que simplesmente não acontece?
O problema não é raro: decisões tomadas na alta liderança muitas vezes não chegam ao chão de fábrica com a mesma clareza, urgência ou propósito.
É o que chamamos de “desconexão estratégica”.
A Toyota encontrou um antídoto para esse problema: o conceito de Gemba, que significa “o lugar real” em japonês.
A filosofia é simples, mas poderosa: se você quer entender e melhorar algo, vá até onde as coisas realmente acontecem.
1. O Gemba Walk: liderança com os pés no chão
Na Toyota, líderes de todos os níveis são incentivados a realizar o chamado Gemba Walk: visitas regulares e estruturadas aos locais onde o trabalho acontece.
Essas visitas não são para fiscalizar, mas para observar, perguntar e aprender.
O objetivo é entender:
- Quais obstáculos estão atrapalhando a execução?
- Que melhorias podem ser feitas no processo?
- O que a equipe que executa enxerga que a liderança ainda não viu?
📌 Impacto na prática: essa abordagem reduz desperdícios, acelera ajustes e aumenta o engajamento da equipe, que percebe que suas opiniões realmente importam.
2. Quando o líder vê, o time se move
Muitas vezes, problemas na execução não aparecem nos relatórios.
Um equipamento que para constantemente, um fluxo confuso, uma comunicação truncada, tudo isso fica claro quando o líder está presente.
Exemplo real: uma montadora parceira da Toyota descobriu, durante um Gemba Walk, que um simples reposicionamento de ferramentas reduzia o tempo de montagem em 12%. Isso só foi percebido porque um líder viu a operação de perto.
3. A lição além da indústria
O Gemba não serve apenas para fábricas.
Em empresas de serviços, tecnologia, varejo ou saúde, o conceito é o mesmo: vá onde o cliente é atendido, onde o produto é usado, onde o serviço é entregue.
A presença física e mental do líder no ponto de contato real cria insights que nenhum dashboard entrega.
4. Erros comuns que matam a conexão
- Usar a visita para microgerenciar em vez de ouvir.
- Não documentar nem dar retorno sobre o que foi observado.
- Tratar o Gemba Walk como evento esporádico, e não como prática contínua.
5. Como implementar o Gemba na sua liderança
- Defina frequência: semanal ou quinzenal, dependendo do ritmo da operação.
- Estabeleça foco: cada visita deve ter um objetivo (ex.: segurança, qualidade, experiência do cliente).
- Pratique a escuta ativa: faça perguntas abertas e ouça sem interromper.
- Devolva valor: comunique rapidamente quais ações serão tomadas a partir do que foi observado.

Conclusão: liderança presente é liderança eficaz
A execução de estratégia não acontece em reuniões de diretoria, mas nos lugares onde o trabalho é feito.
Seguindo o exemplo da Toyota e trazendo o Gemba Walk para sua rotina, você cria um ciclo de melhoria contínua, aproxima líderes e equipes e garante que a estratégia chegue intacta até a ponta.
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